domingo, 8 de junho de 2008

Por que há tantos líderes de igrejas que caem em perversão sexual?


Por que há tanto padre, pastor, freiras, sacerdotes que deveriam ser exemplos de santidade envolvidos em perversão sexual?

Mais que isso, porque este é o ponto mais forte de "caída" em pecados dentro da igreja, onde os jovens são os mais atacados?

A religião, quanto mais cheia de leis e estatutos de comportamento, mais tarados haverá de produzir.

A história do Cristianismo, incluindo a história de nossos “melhores santos”, é a história de gente sexualmente aflita, e que em razão da moral cristã, parte para o esforço da mortificação de todo instinto natural, criando um magma inconsciente de desejos sob pressão; e que, mais cedo ou mais tarde, irrompem pela crosta do consciente, deixando toda forma de auto-controle aniquilados por alguns instantes; e é justamente nesses “instantes” que o padre, o pastor, o monge, o sacerdote, o rabino, ou qualquer alma vitima de qualquer forma de “teologia moral” — acabam por assistir o derrame de lavas de desejos negados e reprimidos [alguns até “supressos” pela força de disciplinas de “mortificação”]; criando os estragos do tipo que você mencionou, e dos muitos outros tipos, e que estão abundantemente relatados aqui neste site, especialmente nas Cartas.

Se o que Jesus ensinou sobre o significado do Evangelho para a vida fosse o que a “igreja” diz que é, então, eu diria:

O evangelho não tem o poder de fazer bem a alma humana!

Digo isto porque não há na Terra gente mais mentalmente aflita e sexualmente adoecida que os cristãos!

E por quê?

Ora, o Evangelho de Cristo não é um corpo de doutrinas morais, mas sim um conteúdo para a pacificação do coração, reconciliando o indivíduo com Deus e consigo mesmo, dando a ele a certeza da suspensão de toda condenação e culpa, a fim de que, sem culpa, o individuo caminhe tranqüilo; e é nesse caminhar que os instintos se tornam apenas instintos, e ficam tão somente do tamanho sadio que é pertinente à sua existência em qualquer pessoa.

No entanto, a Teologia Moral do Cristianismo acabou por se tornar a coisa mais anti-natural da Terra, e, por conta disso, produziu os maiores neuróticos da história humana.

Negar a naturalidade dos instintos é como negar a natureza. Despreza-los é como repudiar a existência do ar. Lutar com ódio contra eles é como lutar contra a sede, a fome, e a necessidade de comer e beber.

O Cristianismo se tornou um caso de doença psicológica coletiva em razão de que sua teologia moral é a mais perversa que existe em relação ao sentido natural da vida.

Ora, quando falo de religião, de cristianismo e de teologia moral, estou apenas falando de algo que não passa de uma criação de homens; e que, como tal, tornou-se uma das coisas mais enfermiças para a alma que já se construiu na Terra.

O genuíno Evangelho de Jesus não tenta matar o instinto, mas apenas moderá-lo e colocá-lo sob o controle da consciência; não como negação, sublimação ou supressão; mas apenas como uma pulsão natural e sadia, e que pode se liberar de modo bom e sadio, mas que não deve tomar contornos maiores do que a própria consciência.

De fato, é a “pecaminosidade de todo instinto sexual” aquilo que faz com que a alma que existe sob tal jugo e condenação acabe por se desconstuir; e, fragilizada e negada, se revolta inconscientemente; e manifesta-se devastadora; e isto mediante as força incontroláveis da compulsão que se levantam de dentro da gente com o poder dos grande monstros.

A fé em Jesus não é um conjunto de doutrinas morais. Quem assim pensa nada entendeu do Evangelho e de seu espírito.

De fato, a fé em Jesus é o caminho da vida, e, como tal, não trata a criação de Deus, e nem tampouco o instinto humano, como coisa má, mas apenas como uma força vital necessitada de liberdade verdadeira, a fim de que não se manifeste como o levante dos oprimidos contra a tirania dos falsos governos.

Os seres sexualmente mais tranqüilos e sadios são aqueles para os quais o sexo é apenas parte da vida; não é o inimigo da vida; e nem é o diabo do instinto.

Quem se trata assim curte o sexo como bem, e um bem que faz bem; e não como um senhor maluco, e que demanda de nós toda sorte de barbárie como auto-aniquilação.

O caminho da negação total é a vereda do descontrole total!

Caio Fábio
Link da resposta completa no site www.caiofabio.com.

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