sábado, 12 de setembro de 2009

Eu creio em Jesus se Ele não passar dos limites


João 8.

Pessoas podem “aceitar” coisas em nome de Deus por razões que não se pode explicar...
Jesus nos mostra como por trás de decisões humanas importantes na maioria das vezes a motivação é perversa...

Por exemplo, em João capitulo oito, Jesus diz coisas subjetivas e difíceis de entender, e, o resultado, é que os judeus que antes indagavam quem Ele era e por que dizia o que dizia, de súbito dizem agora “crer” Nele.

A esses tais Jesus disse que eles deveriam permanecer em Seus palavras a fim de que de fato se tornassem Seus discípulos [nada mais natural e óbvio...]; e acrescentou que se permanecessem em Sua Palavra eles haveriam de conhecer a verdade no intimo, e que a verdade os libertaria...

Quando Jesus usou o verbo “libertar”, eles, os judeus que haviam crido Nele, de repente se eriçaram...

Indagaram...

Nós somos descendentes de Abraão, já sobrevivemos a todos os cativeiros e dominios imperiais sem nos rendermos, e agora nem os romanos nos escravizam a alma, como pode você dizer que seremos libertos, se nunca fomos escravos?

Jesus explicou que falava de escravidão interior, do pecado... No entanto, o condicionamento cultural, político, ideológico, étnico, racial, genético, etc. — eram elementos mais fortes neles do que a tal da nova fé em Jesus.

Reagiram... Zangaram-se... Ficaram brabos...

Jesus replicou... Não deixou passar... Prosseguiu... Provocou...

O assunto do pedigree continuou...

Jesus disse que sabia que eles eram da ancestralidade de Abraão... Mas afirmou que espiritualmente a ancestralidade deles era outra, provinha de outro espírito... De fato era do diabo que eles se faziam filhos, pela mentira, pela incapacidade de se auto-encararem na verdade, e pelo ódio assassino que os habitava até quando falavam de fé...

Eles ficaram com ódio...

Partiram para a ignorância...

Disseram que estavam certos desde o principio, pois diziam que Jesus era samaritano e tinha demônios...

Assim, a “fé” que começa como uma adesão à subjetividade “profunda” do ensino quase esotérico de Jesus no contexto antecedente, de súbito se torna outra coisa..., e termina com a afirmação dos que tinham antes dito que haviam “crido em Jesus” — que... desde sempre haviam sabido que Jesus era de uma casta inferior [samaritano] e que tinha demônios agindo em sua vida...

Jesus, no entanto, nunca esteve animado com aquela “fé” tão “pronta e rápida”, pois, prosseguiu chamando-os para as implicações da confissão de fé, que é a entrega à verdade que nos liberta das doenças do pecado e de suas escravidões...
Do mesmo modo há muitos que são discípulos apenas do Jesus que não entendem, pois, quando Jesus os força a entenderem que ser discípulo não é achar Jesus o máximo, mas sim render-se ao reino da verdade no coração, então, a “fé” vira “ódio” e a “confissão” se torna “blasfêmia”...

É por esta razão que muitos “crentes” ficam com raiva do “evangelho”, ainda que para isso tenham que inventar histórias ou fazer do mensageiro um “samaritano e endemoninhado”...

Este é o nível da entrada do Evangelho como amargor nas entranhas do engano...
Em geral esse é um conflito apenas de crentes...

Pense nisso!...

Nele,

Caio

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