sábado, 10 de janeiro de 2009

O Poder de um Paradigma - 1

Como se tentava curar as pessoas na Idade Média? Por meio de sangrias. Qual era o paradigma? O mal estava no sangue, então era preciso extraí-lo.

Um exemplo vivo disso é a morte de George Washington. Embora os livros de história digam que ele morreu devido a uma infecção na garganta, provavelmente ele morreu por causa da sangria. A infecção na garganta era o sintoma de alguma outra coisa, mas como o paradigma era que o mal estava no sangue, os médicos tiraram grande quantidade de sangue num período de 24 horas.

Nós somos aconselhados a não doar mais do que um litro de sangue a cada dois meses, se nossa saúde é boa. Imagine o que deve ter acontecido com o pobre George Washington.

Imagine agora a revolução que ocorreu quando, Semmelweis na Hungria, Pasteur na França e outros cientistas empíricos concluíram que os germes eram a principal causa das doenças?

Isso imediatamente explicou porque as mulheres queriam que seus partos fossem feitos por parteiras. As parteiras eram mais limpas. Elas se lavavam. Isso explicou por que nos campos de batalhas mais homens morriam devido a infecções do que a tiros. As doenças se espalhavam atrás da linha de frente por meio de germes. Essa teoria orienta as práticas de saúde até os dias de hoje.

Se desejamos fazer pequenas mudanças e melhorias pontuais, devemos trabalhar nas práticas, hábitos, comportamentos ou atitudes. Se queremos fazer mudanças significativas, quânticas, devemos trabalhar nos paradigmas. Grandes mudanças ocorrem quando os paradigmas são mudados.

A palavra paradigma deriva da palavra grega paradeigma, originalmente um termo científico, hoje usado na linguagem comum para significar uma percepção, uma premissa, uma teoria, um marco de referência ou uma lente através da qual vemos o mundo.

É como o mapa de um território ou de uma cidade. Se estiver errado, não fará diferença o quanto nos empenharmos para achar nosso destino ou como pensemos de modo positivo – continuamos perdidos. Se o mapa estiver correto, então tudo o que fizermos ganhará importância e propósito.

Mas só se estiver correto.

Stephen R. Covey – O 8º Hábito - Da Eficência à Grandeza – pgs 21 e 22.

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