sexta-feira, 26 de junho de 2009

Completamente perdoado - O que pode me impedir de pecar? - 3 por Roberto Lima


Meu pai nunca foi um pai realmente presente na minha infância, mas foi um bom pai. Na minha adolescência, como a maioria, tive muitos problemas com meus pais. Em todo esse tempo eu ia à igreja e buscava a Deus, mas havia um profundo abismo entre nós.

Foi na juventude, depois de casar logo aos 21 anos, hoje tenho 41, que Deus foi curando o meu relacionamento com meus pais, principalmente com o meu pai.

No começo do meu casamento foi difícil, antes de Collor de Melo entrar na presidência, os juros chegavam a 30% ao dia, um absurdo. Logo depois ele confisca todo o dinheiro nos bancos. Sem dinheiro muitas empresas quebraram, muito empresário faliu e até suicidou-se.

Nesse contexto Deus foi resgatando a sua paternidade em minha vida. Curando o meu relacionamento com meu pai, Ele ajustava o meu coração para Ele.

Desde esse tempo meu pai me ajudou muito. Principalmente com dinheiro. Mas não pelo dinheiro, era a forma como ele dava o dinheiro que era o importante, demonstrava cuidado.

Hoje, depois de quase 20 anos casado, 16 de dezembro completam-se os 20 anos, tenho no meu coração um forte desejo de melhorar de vida, de ganhar dinheiro, para poder retribuir ao meu pai, com gratidão, tudo o que ele me fez.

Faço questão de fazer isso não por barganha, não porque ele pode fazer mais por mim, mas por causa do que ele já fez.

Mesmo que ele não faça nada mais por mim, meu coração é cheio de gratidão e amor por reconhecer tudo o que ele já fez.

ABA PAI

O que me impede de pecar sendo eu livre, e sabendo que todos os meus pecados já foram perdoados, mesmo os quais eu ainda cometerei?

QUERO AGRADÁ-LO, por tudo o que já fez na minha vida.

Senti tanto o seu amor durante todo esse tempo da minha vida... Senti tanto o seu cuidado através de pessoas, de acontecimentos, de orações respondidas, de experiências espirituais... Senti tanto a minha pequenez e a sua grandeza... Fui tão amado... que me sinto grato por tudo o que já vivi e por tudo o que Ele já fez.

Ele não precisava se importar comigo...

Mas se importou... talvez seja por causa dos meus olhos castanhos esverdeados que Ele mesmo me deu... não sei porque Ele se importou comigo... e não consigo entender o seu amor... e muitas vezes não consigo nem receber esse amor...

Ele não precisava me amar tanto asssim...

Eu sei quem eu sou... e como sou... e poderia gastar páginas e páginas falando da minha indignidade. Mas Ele me amou e eu senti esse amor.

Não vou deixar a maldade, não vou ficar no prejuízo pelos outros, não vou me humilhar, não vou lutar pela justiça social, não vou buscar o alívio dos necessitados para pagar a minha salvação, para receber em troca algo que Ele pode me dar...

O amor que eu recebi sabendo quem eu sou, me empurra, me joga, me atrai, me puxa, me capturou e agora sinto a necessidade de agradecê-lo com toda a minha vida. Tudo o que eu puder fazer para agradá-lo por tudo o que Ele já me fez.

Com você também é assim e com todo mundo, mas alguns ainda não caíram em si, como o filho pródigo que saiu de casa.

O amor de Deus, esse grande e infinito amor, esse grande e acessível amor, é capaz de nos libertar do pecado e nos levar de volta para Ele.

Podemos ficar nas nossas igrejas pregando, ensinando, nos centros de recuperação falando, tratando, mas se o coração das pessoas não for tocado pelo amor de Deus nada disso valerá. O interessante é que Deus pode nos usar nisso, compartilhar o amor que recebemos, em forma de cuidado, de ajuda, de não julgamento.

Paulo orou várias vezes para que o amor de Deus operasse nos corações. Podemos começar assim, e depois colocar nossas mãos para servir.

Essa é minha oração por você: Que o amor de Deus destrua as suas fortalezas de auto-estima, de convicções religiosas, de medo, de orgulho e te dê percepção de si mesmo em relação a Deus. E nessa percepção você se veja como Deus te vê. E que tua indignidade seja vista por teus olhos e que o amor de Deus encha o teu coração.

O pecado não tem mais domínio sobre aqueles que foram dominados em gratidão pelo amor de Deus.

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