sexta-feira, 31 de julho de 2009

2- Por Que Chorar? por Eliasaf de Assis

2- Pela revelação plena de Jesus

“Meu único desejo é contemplar o seu rosto... Se o visse apenas em um sonho, continuaria dormindo por toda eternidade.”
Rabino Yehuda Halevi, citado por Abraham Joshua Heschel

O que se fez daquele entusiasmo jovial e alegre martírio que tomou os cristãos no primeiro século? Como recuperar o mesmo poder explosivo e colorido da Boa Notícia, de tal forma que nossas metrópoles tão sofridas sejam impactadas por amor, perdão, milagres e devoção como ocorreu através dos povos da antiguidade?

Tal como os afrescos de Michelangelo na Capela Sistina, o tempo e a fuligem oxidaram a pintura viva, alegre e celestial do evangelho, que hoje está escondido sob camadas e camadas de muitas tentativas de restauração. E há a nítida impressão, mesmo por parte de quem não é cristão mas tem sede, que a essência da mensagem de Jesus se perdeu. Tanto é verdade, que o assunto central do evangelho – a graça de Deus em Cristo – é novidade para muitos e motivo para francas discussões teológicas que nada resolvem.

Precisamos chorar por revelação, que é a experiência que nos possibilita, por iluminação divina, ver quem é Jesus.

Eu tive um sonho, como o rabino Yehuda; encontrei-me com Jesus de forma decisiva na adolescência após tentar o suicídio. Mas acordei, e isso me enche de sentimentos muito pouco religiosos, um misto de raiva e desapontamento. Eu quero ficar possuído pelo evangelho, por esta febre e paixão que não aceita outra coisa que não seja a verdade. Eu preciso da revelação, quero sonhar com ele e não acordar por toda a eternidade.

Peço a Deus para não ofender ninguém, mas estou desesperadamente sedento por ver o testemunho de Jesus avançar em nosso mundo pós-moderno, por isso padeço de um forte repúdio à religião organizada e um choro incontido para que Deus levante seu povo. Como diz a letra de uma música que fiz:

Tenho sede, tenho fome pela prática vivida,
onde o evangelho seja um estilo de vida,
Mais militância, menos religião,
vida real em três dimensões,
Vida abundante não pode ser só isso,
deve haver uma mensagem oculta que nós não conseguimos entender.
Tenho raiva da história e das religiões
porque sujaram a água que quero tanto beber.
Respostas prontas não servem para mim,
faço a pergunta que o mundo faz, e a pergunta é assim:
Onde está a sociedade alternativa,
Cristo em seu corpo, amor, aceitação e perdão
Paternidade, segurança, autoridade e correção,
A família perdida nela vou encontrar,
Razão pra viver e viver pra valer.


Retirado do site www.revistaimpacto.com.br
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