Certamente, aberrações semelhantes às previstas para o ano passado ocorrerão este ano novamente na Igreja capitalista, mas os ramos verdes que pudemos observar em meio à estiagem da década que se findou são o arauto de um novo tempo que se inicia.
A década de 2000 foi marcada por uma Igreja que, no espírito e na força de Babel, fez do seu alvo tornar-se grande e poderosa – ao que se deve muitos dos atuais escândalos que mancham sua reputação. Mas o ano de 2010 não terminou sem que antes fosse igualmente testemunha de pequenas raízes que discretamente brotam em terra seca – uma Igreja que anda na contramão de Babel e do sistema deste mundo.
Há uma Comunidade Divina que espontaneamente emerge fora dos arraiais do capitalismo evangélico. Como pequenos e insignificantes gafanhotos, estes não possuem rei, mas sincronizada e profeticamente marcham enfileirados rumo a um propósito e um destino (Prov. 30:27) sob o comando de um só Rei. São como João Batistas, sem títulos, pedigrees ou linhagem clerical, que do deserto clamam por arrependimento e profetizam o início de uma nova Igreja no amanhacer de uma nova década.
Uma Igreja com menos caciques e mais servos. Com menos teólogos de laboratório e mais lavadores de pés. Com menos consumidores e mais obreiros. Com menos intelectuais de mente inflada e mais servidores de mãos calejadas. Onde o pobre é servido e não explorado. Onde ovelhas são amadas e não usadas. Onde menos pessoas reclamam da Igreja e mais pessoas aprendem a ser Igreja.
Para encontrar a Igreja que Deus almeja, torne-se primeiro a pessoa que Deus deseja. VOCÊ é a boa semente do Reino! Sirva os pobres, cure os enfermos, desate os endemoninhados, visite os encarcerados e anuncie o Reino de Deus nesta nova década. A Igreja que buscamos está lá fora, esperando que alguém a encontre.
Uma década de bênçãos e muita revelação de Cristo e seu Reino para todos os amigos de P&V.
© Pão & Vinho
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