quarta-feira, 23 de julho de 2014

Tá difícil de ver os lírios por Sebastião Junior


lirios

Gostaria de começar este artigo com a citação que fiz de John Bunyan no artigo passado "Deus espalhou flores do seu jardim no caminho todo, desde a porta do inferno, onde você estava, até a porta do céu, aonde você vai. Veja como as promessas, convites, chamadas e encorajamentos, como lírios, estão ao seu redor! Cuide para não pisá-las debaixo de seus pés".

Em meio ao lufa-lufa dos cansados cuidados do homem egoísta e sempre inquieto pelo dia de amanhã, Cristo chama a atenção de seus discípulos para a serena quietude e beleza da natureza ao seu redor, no sermão da montanha nos faz a seguinte recomendação; "Considerai com crescem os lírios do campo". Tanto Cristo como Bunyan estão usando os lírios como pedagogia para a nossa trajetória de fé, eles servem como sinal que podemos descansar em Deus.
Diariamente somos pressionados por uma agenda lotada, por orçamento elástico, por busca de realização que vai nos desumanizado, nos tornando cada vez mais irrealizados a medida que vamos realizando algo que não tem em si só a capacidade de nos realizar.
Quando olhamos para uma realidade que se desmancha diante de nós, um mundo em um estado continuo de decomposição, onde o amor se esfria como resultado da iniquidade que nos consome, uma realidade de Nardonis que lançam seus filhos a morte sem expressar depois disso o minimo de arrependimento, que nos propõe que a única forma possível de ver o quadro sendo mudado é viver sob os fundamentos de algo como Tropa de Elite.
"De fato, somente aquele que vê a existência com o olhar proposto por Jesus, é que consegue ver as teias de maldade e de controle que, invisivelmente, espalham-se por toda a humanidade, gerando como resultado essa coisa horrível que nós chamamos de "o mundo".
É neste mundo que as sementes do evangelho são lançadas, nos convidado a olhar para a graça dos lírios, e a graça nos lírios, toda a sua beleza é resultado de uma ação pessoal do Eterno, toda sua permanencia na natureza é fruto de algo que não partiu do lírio é algo além dele, e isso se chama graça. Assim que a vida deve ser encarada toda a beleza que existe em um mundo caído é resultado da ação direta de Deus, ao mesmo tempo o que ainda nos faz permanecer existindo não foi produzindo por nós, isso é resultado da graça em nossa existência nos conduzido a vida.
Entendendo isso a igreja deve ser a comunidade daqueles que o tempo todo estão considerando os lírios, porque considerar os lírios é entender da graça, e só pode entender da graça aquele que se considera como pecador. A graça que nos permitiu existir, a graça que nos encontrou, a graça que nos acolheu, a graça que nos transformou, a graça que nos pede para dizer ao mundo que esta desconectado do criador dos lírios, "considerai os lírios".
Considerar os lírios é entender que todas as ações bondosas e construtivas não são produções unicamente humanas, todas foram potencializadas pela graça, na realidade são ações amorososas que começaram em Deus que nos diz; "Com amor eterno nos amou e com amável benignidade tem nos atraído".

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