quinta-feira, 27 de setembro de 2007

PERDÃO - Um Consolo e uma Ameaça

Devemos lembrar que o chamado de Jesus para perdoar é, ao mesmo tempo, uma libertação e uma profunda ameaça. Sua ordem para amar nossos inimigos abala as bases do controle social. O perdão de Jesus a Zaqueu gerou inimigos; seu perdão à mulher adúltera fomentou planos para sua morte.

Quando uma mulher da vida penetrou uma festa exclusivamente masculina para lavar os pés de Jesus com suas lágrimas e secá-los com seus cabelos, os fariseus presentes sabiam que nunca agiriam assim. Duvidaram da identidade profética de Jesus. Afinal, esse homem permitiu que uma mulher pecadora o tocasse e, assim, o contaminasse.

Jesus, porém, mostrou-lhes o espelho da sua própria pecaminosidade. “Saiam detrás das folhas de figueira de justiça própria que vocês mesmos costuraram. Sejam perdoados e vivam abundantemente.

Seguir Jesus a uma vida de perdão é algo que custa caro. “Venham”, Jesus nos diz em nossa paralisia, “seus esforços para permanecer no controle, para conquistar sua própria justiça, são essas coisas que os atormentam. Todos os seus esforços para tomar o lugar de Deus estão perdoados. Alimentem-se na celebração do meu evangelho. Lembrem a si mesmos, e uns aos outros, de que vocês são meus amigos. Eu os chamo para serem maravilhosamente humanos, para andarem comigo na ambigüidade da finitude, para aceitarem sua incapacidade. Eu lhes mostrarei o caminho.”

Margaret Gramatky Alter é autora e professora de psicologia em New College, Berkeley, na Califórnia, EUA.

Este artigo foi publicado originalmente na Revista “Christianity Today”, edição de 16 de junho de 1997। Traduzido e publicado com permissão de Christianity Today International, Carol Stream, IL, EUA. Para mais informações acesse www.christianitytoday.com .

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