sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Fator Melquisedeque - 5 - Povo Karen


Em 1795, um diplomata inglês na Birmânia foi recebido de uma maneira estranhamente amistosa pelo povo Karen.

Através de um intérprete, eles perguntaram se ele era o "irmão branco" que eles estavam esperando há incontáveis gerações. Se ele fosse, teria consigo um livro que os antepassados deles haviam perdido.

Esse livro foi escrito por Y'wa, o Deus Supremo, e os libertaria de seus opressores.

O diplomata balançou a cabeça.

A Birmânia era então o lar de aproximadamente 800.000 integrantes do povo karen. Vivendo em talvez mil de suas vilas havia pessoas que eles consideravam profetas do Deus que eles chamavam Y'wa.

Esses instrutores especiais lembravam-nos constantemente de que os caminhos dos espíritos malignos, que a maioria deles seguia, não eram os caminhos de Y'wa e que um dia eles deveriam retornar totalmente aos caminhos de Y'wa.

Eles eram rigorosamente contrários à idolatria. Os karens se recusaram a sucumbir a séculos de forte influência budista.

Aqui está um dos seus hinos:

O onipotente é Y'wa, nele, no passado, nós não cremos.
Y'wa criou os homens em tempos antigos;
Ele tem perfeito conhecimento de todas as coisas.
Y'wa criou os homens no prinípio;
Ele sabe de todas as coisas até a época presente.
Oh, meus filhos e netos!
A terra é o local onde repousam os pés de Y'wa,
E o céu é o local onde ele se assenta.
Ele vê todas as coisas e nós somos manifestos a ele.

E um outro:

Y'wa formou o mundo originalmente.
Ele designou comida e bebida.
Ele designou o "fruto do juízo".
Ele deu ordens detalhadas.
Mu-kaw-lee enganou duas pessoas.
Ele fez com que elas comessem do fruto da árvore do juízo.
Elas não obedeceram, elas não creram em Y'wa...
Quando elas comeram o "fruto do juízo",
Elas se tornaram sujeitas a doenças, envelhecimento e morte...

Em 1816, um muculmano fez contato com alguns dos karens. Ele não tinha a pele muito clara, mas, após terem-no questionado, descobriram que ele tinha um livro que ele dizia ser de Deus.

As pessoas ficaram tão interessadas que ele lhes deu o livro como um presente de despedida. Por doze anos eles veneraram aquele livro e mantiveram constante vigília pelo instrutor que um dia daria a eles entendimento do conteúdo do livro.

Finalmente o homem branco que eles esperavam chegou, abriu o livro e descobriu que não era um livro muçulmano, mas um livro cristão – o Livro de Oração Comum e os Salmos.

O missionário afirmou que era de fato um bom livro de Deus, o único a quem deveriam adorar. Suas faces se acenderam, mas ensombreceram novamente quando ele explicou que eles não deveriam ter adorado o livro.

O homem da tribo que havia obtido a honra de se tornar o guardião do livro renunciou ao seu status e se tornou um seguidor humilde de Jesus, juntamente com dezenas de milhares do seu povo.


Fonte: livro de Don Richardson: Eternity in their Hearts Revised Edition CA, Regal, 1981, 1984. (Título: A eternidade em seus corações. Em português, o livro foi publicado pela Editora Vida Nova com o título "O Fator Melquisedeque")

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