quinta-feira, 17 de março de 2011

O que dois católicos estão fazendo numa igreja evangélica?


O que estes dois católicos estão fazendo numa igreja evangélica? - é o que muitos devem estar se perguntando. O que está acontecendo hoje neste local é simplesmente a resposta de Deus Pai àquilo que Jesus já orou em João 17.22 [citação livre]: “a mesma glória que tu deste a mim, deste a estes para que sejam um, como eu e
tu o somos”. Não se trata de uma denominação incluir a outra e criar uma unidade humana, mas de responder à vocação que todos temos de, em Cristo, sermos uma só igreja, uma só realidade, não importa a que denominação pertençamos.

A busca da unidade não é uma opção à igreja de Jesus. A unidade é uma escolha da soberania de Deus e está no coração do próprio Evangelho. E o ministério de Jesus é um ministério de reconciliação. Ele veio para nos reconciliar com o Pai e com nossos irmãos. E isso se deu na cruz, quando ele livremente se ofereceu ao Pai.

Por essa razão, nenhum cristão tem o direito de chamar a Deus de seu Pai se não se dispuser a amar os outros como irmãos.

O batismo no Espírito Santo e o encontro com David du Plessis.

Nos anos 70, tive uma forte experiência com Jesus Cristo como meu salvador pessoal, quando fui batizado
no Espírito Santo. Na época, eu sabia que essa experiência era muito comum entre vários cristãos que viviam
em outras igrejas. Apesar desse batismo, algo ainda me inquietava, pois eu percebia que um pecado permanecia entre nós: o pecado da divisão. Muitos cristãos daquele tempo aceitavam esse pecado na igreja como se fosse alguma coisa normal.

Naqueles dias, eu tive a alegria de encontrar um pastor evangélico muito famoso, líder mundial, chamado David du Plessis, que ficou conhecido como “Senhor Pentecostes”. Falava-se muito dele, do seu testemunho, e eu estava bastante impressionado com a obra desse pastor que, até então, conhecia apenas dos livros.

Este homem, nascido na África do Sul, havia recebido a seguinte profecia do missionário inglês Smith Wigglesworth: o batismo no Espírito Santo não era apenas para as igrejas pentecostais. Estas iriam se surpre-
ender, ele disse, porque um dia esse batismo seria derramado na Igreja de Roma. E foi de fato o que aconteceu nos anos seguintes. Em 1975, acontecimento inédito, a basílica de São Pedro, no Vaticano, recebeu um grande congresso mundial de carismáticos católicos: foi a primeira vez que as pinturas de Michelangelo escutaram pessoas cantando em línguas estranhas. Mas era só o início. Se até o final dos anos 60, pouquíssimos católicos haviam recebido o batismo no Espírito Santo, hoje eles são cerca de 150 milhões no mundo provando ou buscando essa experiência. O próprio Papa, além de reconhecer oficialmente a Renovação Carismática na Igreja, também a apoia e sustenta.

É uma alegria ser uma testemunha dessa primavera de Pentecostes na Igreja Católica Romana. Mas deixem-me contar como tudo começou.

Quando tive minha primeira experiência carismática, estava estudando em Roma, na Universidade Pontifícia
Gregoriana, considerada oficialmente a Universidade do Papa. Desde o meu ingresso, encontrei ali padres e
irmãs que oravam em línguas e também dançavam. Eu pensei: “Essa gente não é católica”. Poucos fazem ideia da importância que teve esse grupo carismático lá dentro daquela Universidade. Muitos padres que por lá passavam, participavam dos retiros de oração, recebiam o batismo no Espírito Santo e depois voltavam para seus países e continentes, já formados, levando essa experiência adiante. Assim, esse movimento se espalhou como um incêndio, colocou fogo em várias nações.

Quando encontrei pessoalmente o pastor David du Plessis, ele me falou dos sofrimentos que vinha experimentando em virtude de estar sendo mal compreendido por acompanhar os irmãos católicos nessa mesma experiência do Espírito Santo. A liderança de sua igreja [ele era das Assembleias de Deus] chegou ao ponto de retirar-lhe todas as credenciais de pastor. Mas era o preço que tinha que pagar para Deus o usar para “tocar” milhões e milhões de pessoas em muitos países. Ele fez de seu pastorado um ministério de perdão e reconciliação. David du Plessis levava um botom de metal na lapela do paletó com a inscrição 70 x 7, que recordava a advertência de Jesus sobre a necessidade de perdoar, se preciso, 70 x 7 vezes a cada dia, o que significa sempre. De fato, quando o encontrei, ele tinha esse botom no paletó. Para minha surpresa, ele pegou esse botom e o prendeu na minha camisa. Depois disse: “Filho, que você também possa
ser um embaixador de reconciliação nas igrejas”.

Mensagem que o católico Matteo Calisi  compartilhou na Comunidade Evangélica Carisma em Osasco SP, no dia 19 de outubro de 2009. O padre Marcial Maçaneiro serviu-lhe como intérprete.

Leia a mensagem completa em http://www.gruponews.com.br/2011/01/o-ministerio-da-reconciliacao-um-basta-a-heranca-de-divisoes.html 

Fonte: Grupo News 

Nenhum comentário:

Postar um comentário