domingo, 16 de junho de 2013

A morte da culpa por Alexandre Godinho

A maior libertação que qualquer um pode experimentar é a morte da culpa.

Esqueça o perdão de Deus: ele não vai valer nada enquanto carregamos o fardo. Este jugo é sempre mais real para os que assim aceitarem viver.

A culpa se tornará o meu juiz e algoz. Enquanto eu senti-la queimando em mim, não permitirei crer no favor divino.

Quem sabe por sorte, após muitas sessões de açoites e flagelos, eu me sinta suficientemente castigado - e então poderei abraçar o Perdão prometido.

Há alguma fé nisso? Existe algo puro nessa falsa humildade e humilhação?

Não! Em tudo isso se disfarça o mais orgulhoso dos homens, cheio de justiça própria e que se nega a beber o Cálice do perdão oferecido desde o princípio de tudo.

E que fez da culpa seu animal de estimação - porem quem veste a coleira é o próprio homem.

Despir-se desta coberta fétida que se agarrou à carne é o princípio da lliberdade que pavimenta o caminho até Aba Pai.

Um comentário:

  1. Para despir-se da culpa é necessário despir-se da religiosidade. Há um parentesco entre culpa e religião.

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