terça-feira, 8 de julho de 2014

Juiz da seminifinal da Copa do Brasil = Marco Antonio Rodríguez

  • O árbitro Marco Antonio Rodríguez foi o mais jovem a apitar na 1ª divisão mexicana, aos 22 anos
    O árbitro Marco Antonio Rodríguez foi o mais jovem a apitar na 1ª divisão mexicana, aos 22 anos

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Marco Antonio Rodríguez, escolhido para apitar a semifinal entre Brasil x Alemanha, é classificado como "o único juiz cristão da Copa" pelos veículos mexicanos especializados em notícias do mundo gospel. Quando pendura o apito, o árbitro verga uma cópia da Bíblia e trabalha como pastor evangélico em uma igreja da cidade de Milpa Alta, na região metropolitana da Cidade do México.
Aos 40 anos, em sua terceira Copa, ele não quer ser chamado pelo apelido que virou uma espécie de sobrenome desde que se tornou famoso, "Chiquidrácula" (Minidrácula), graças a uma suposta semelhança com um personagem de uma antiga e popular comédia mexicana.
Rodríguez diz que seu trabalho pastoral e suas atividades ligadas a crianças carentes não combinam com a ligação com um personagem demoníaco, como o senhor dos vampiros.
Sua vida de pregador às vezes se mistura com à de árbitro, como no dia em que foi acusado pelo técnico Carlos Reinoso, do América, de o ter expulsado de campo apenas porque o treinador acusou o juiz de não ser cristão como ele, Reinoso, era.
Em uma gravação de quase 20 minutos disponível no Youtube, é possível ouvir Rodríguez dando um emocionante "testemunho" sobre sua vida religiosa. "Estou muito feliz de estar aqui hoje", começa o juiz. "Poderíamos falar sobre por que não dei um pênalti para o Toluca ou por que expulsei Cuauhtémoc Blanco, mas hoje quero contar a vocês como Deus mudou a minha vida."
Depois de viver a adolescência e os primeiros anos da vida adulta de maneira "depravada" e "obscura", o juiz sentiu a mão de Deus em sua vida ao superar uma alegada infertilidade e fecundar sua mulher, que deu à luz sua primogênita Abigail.
Anos depois, o casal foi abençoado novamente com a gravidez de Shalom, mas o feto esteve perto de morrer por causa de uma complicação no útero da mãe.
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O médico queria fazer uma cirurgia que poderia salvar a grávida, mas causar a morte de Shalom. O pai se lembra de ficar repetindo à mãe e aos médicos: "Deus vai nos mostrar algo, Deus vai nos mostrar algo". Decidiu com a mulher não operar. Foram embora do consultório prometendo ao médico que, aos nove meses, ele faria o parto de Shalom. "O médico disse que eu estava louco, mas eu acreditava no Senhor", lembra o juiz.
Shalom nasceu sem sustos cinco meses depois. "A minha relação com Deus é pessoal", afirmou o juiz em uma entrevista anos depois.
Em 2003, Rodríguez ouviu pela primeira vez a voz d'Ele. Estava do outro lado do mundo, no Catar, apitando um campeonato local, quando Deus o acordou no meio da noite. "Ouvi claríssimo, pela primeira vez: 'Para agora! Porque vai acontecer uma tragédia em sua família'."
Sem entender a razão, o juiz começou a chorar e rezou por uma hora, pedindo a Deus que poupasse sua família do que quer que fosse. Até que sentiu "uma paz" e foi dormir. No dia seguinte, sua mulher telefonou informando que a irmã de Rodriguez, Marissol, esteve muito perto de morrer.
O juiz tem certeza que suas orações foram fundamentais para que a tragédia não se consumasse. "A partir daí, comecei a sentir um desejo ardente de me tornar íntimo de Jesus Cristo."

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