É por esse mesmo motivo que o orgulho pode ser usado, muitas vezes, para subjugar os pecados mais simples. Os professores, de fato, apelam muitas vezes ao orgulho (ou, como dizem, ao “amor próprio”) dos seus alunos para motivá-los a se comportarem de forma apropriada; muita gente tem vencido assim a covardia, a luxúria e o mau gênio, aprendendo a pensar que essas coisas não condizem com a sua dignidade. Em outras palavras, superaram por meio do orgulho!
O demônio ri. Ele não tem problema algum em ver alguém se tornar moralmente puro, corajoso e disciplinado, contanto que consiga estabelecer nele a ditadura do orgulho – assim como não faz questão alguma de impedir que alguém seja curado de um resfriado, se lhe fosse permitido, em contrapartida, colocar nele um câncer. Pois o orgulho é um câncer espiritual: corrói a própria possibilidade do amor, do contentamento e até do bom senso.
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