domingo, 3 de janeiro de 2010

Prosperidade bíblica é no galardão por Russel Shedd

Entrevista com Dr Russell Shedd – Teologia da prosperidade: Prosperidade bíblica é no galardão

Russell Shedd é um dos maiores “pensadores” da igreja na atualidade. Nasceu na Bolívia, foi criado nos Estados Unidos e tem passagem por diversos outros países como Alemanha, Inglaterra, Portugal, Escócia etc, onde estudou, ministrou palestras ou desenvolveu algum trabalho na obra de Deus. Formou-se em teologia no ano de 1949 pelo Wheaton College, fez mestrado em estudos do novo testamento no Faith Seminary, em Philadephia e aos 25 anos adquiriu o título de Ph.D em Novo Testamento pela Universidade de Edimburgo na Escócia. Casou-se em 1957, e teve 5 filhos. Lecionou na Faculdade Teológica Batista de São Paulo. Fundou a Editora Vida Nova há mais de 40 anos e atualmente é consultor da Shedd Publicações. Dr. Russel Shedd é também missionário da Missão Batista Conservadora no Sul do Brasil desde 1962. Tem colocado seu pensamento a disposição do público através da boa literatura que não pode faltar na biblioteca de um bom leitor. Entre suas obras publicadas estão A Justiça Social e a Interpretação da Bíblia, Disciplina na Igreja, A Escatologia do Novo Testamento, A Solidariedade da Raça, Justificação, A Oração e o Preparo de líderes cristãos, Fundamentos Bíblicos da Evangelização, Teologia do Desperdício e Criação e Graça: reflexão sobre as revelações de Deus. Além disso, Russel Shedd se notabilizou mormente pelos comentários da Bíblia que leva seu nome na capa: Shedd.

A entrevista a seguir foi realizada por Oziel Alves, do Rio Grande Gospel:

RGG – Uma pergunta trivial, mas que o público quer saber: Qual a sensação de ter uma bíblia com o seu nome?

SHEDD – Bastante constrangimento e até vergonha, porque eu não autorizei que utilizassem o [meu] nome. Quando eu sai da [editora] Vida Nova, passei para um senhor, [chamado] Dr. Alan, que não está mais no país. Ele logo começou a reformular a Bíblia Vida Nova e a transformá-la na Bíblia Shedd. Ele me falou antes de colocar o nome que iria colocar o [meu] nome, e eu disse: Não, você não pode fazer isso! Não autorizei. Mas, quando saiu já estava o nome lá, e não somente em letras pequeninhas, lá embaixo, mas, em letras enormes (risos). É um constrangimento constante, meu irmão.

RGG – Que razão o senhor atribui a esta diminuição do número de cristãos pela qual países como Inglaterra, França, Alemanha, enfim… este achatamento que toda a Europa está passando, atualmente? Países que chegaram ter 40% de sua população evangélica, sobretudo depois da reforma, sob a influência dos calvinistas, e hoje tem 0,5%, 1%, 2% no máximo?

SHEDD – Certo. A razão disso é a maneira como os pastores foram preparados nas universidades. Homens, lecionando matérias do seminário na universidade… Por exemplo, em toda a Europa os pastores são preparados em universidades e os seus professores são incrédulos. Então, um jovem que quer servir a Deus, logo perde sua fé, e logo está pregando uma palavra, sem Deus, sem fé, sem bíblia, porque não crê.

RGG – O senhor fala em uma de suas entrevistas que na Alemanha, por exemplo, igrejas estão adotando uma cláusula exigindo que o pastor seja crente?

SHEDD – Exatamente. Na igreja do meu genro e filha [...] Eles trabalham com duas igrejas lá em [Ruíte] perto de “Sttutgart” e… quando ele fazia parte do conselho da igreja, colocaram esta cláusula exigindo que o pastor, desta igreja, fosse crente.

RGG – O senhor acha que o cristianismo está condenado a países economicamente necessitados, fazendo prevalecer aquela máxima: “O número de igrejas evangélicas é diretamente proporcional a quantidade de problemas de uma nação”?

SHEDD – Em parte, isso é verdade. Jesus já mostrou que a pobreza, a necessidade, é uma pressão muito forte a busca de Deus. Na medida em que alguém como aquele holandês, em Amsterdã, 2000, falou: Por que eu preciso de Deus? Eu tenho tudo que eu quero na vida. [...] com a falta de crer que existe uma vida posterior a esta, que haja um juízo da parte de Deus, tais pessoas olham para esta vida, como uma única. Uma vez que a gente tem tudo que quer nesta vida, por que é que se vai precisar fazer esforço para conhecer a Deus ou fazer a vontade dEle?

RGG – Teologia da prosperidade. Hoje pela manhã, o senhor falou que se um crente quer prosperidade, então deve pedir um câncer a Deus. Em outras palavras o senhor quis dizer “morte com salvação é a verdadeira prosperidade”. Foi isso mesmo ou não entendi bem?

SHEDD – Não, foi isso mesmo! (risos). Quero dizer a prosperidade que a bíblia garante para os crentes é na vida vindoura, é nos galardões que à receberemos. Paulo diz em II Coríntios 4, que a “Glória futura está diretamente ligada ao sofrimento nesta vida”. Se a gente quer glória na vida vindoura, [devemos] esperar sofrimento nesta vida, especialmente, o sofrimento da perseguição. [II Coríntios 4:16]. Deixe me ler este versículo porque eu creio que os leitores vão querer saber o que a bíblia diz, exatamente, sobre prosperidade. “Por isso, não desanimamos, embora, exteriormente estejamos a desgastarmos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia. Pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos (e Paulo sofreu muito, nós não chamaríamos de leves) estão produzindo para nós uma “glória eterna que pesa mais do que todos eles. Assim, fixamos os olhos não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê, é eterno”.

RGG – Até onde esta teologia da prosperidade terrena é saudável? Explicando melhor, todos nós queremos alguma coisa. Um carro novo, uma casa maior, um emprego melhor… mas afinal de contas, pedir estas coisas para Deus, é saudável?

SHEDD – Seria saudável apenas se pudéssemos glorificar a Deus mais. A ordem bíblica é que a glória de Deus está vinculada a tudo que nós fazemos, ou deveria estar. Então, quer bebamos, quer comamos ou façamos outra coisa qualquer, façamos para a Glória de Deus. Qualquer benefício ou vantagem que Deus nos dá nesta vida seria justamente para nós glorificarmos a Deus, mais. Só que muitas vezes nós fazemos o contrário.

RGG – Não é para usufruirmos destes benefícios, então?

SHEDD – É para nós glorificarmos à Deus, naturalmente, abençoando outras pessoas. Porque se é para fazermos boas obras, se é para abençoarmos pessoas, se é para sustentarmos missionários, é preciso alguém ou alguma coisa para fazer isso. Portanto o que nos beneficia e nos abençoa seria re-utilizado para glória do Senhor.

RGG – Todos os crentes devem admitir que ler a bíblia é extremamente importante. Mas, em um país como o Brasil em que o índice de analfabetismo funcional é de 74% da população, isto é, apenas 26% do povo brasileiro possui pleno domínio da leitura e interpretação de textos, como fica o entendimento da bíblia? Não seria um ler por ler?

SHEDD – Certamente. Mas Deus é maravilhoso… Porque através de seu espírito Ele ilumina as vidas. Tem pessoas que tem aprendido a ler só olhando para o texto bíblico. Eu conheci pelo menos um irmão que pediu a Deus, especialmente, capacidade para ler, e começou a ler a bíblia e não podia ler outra coisa, só a bíblia!

RGG – E pra gente acabar esta entrevista um recado para o nosso povo Brasileiro, em especial para o Estado do Rio Grande do Sul.

SHEDD – A minha palavra é: O Brasil é um país que a gente ama muito. Estamos aqui há quarenta e tantos anos, e tem sido pra mim uma verdadeira indicação do Senhor. Eu vim de Portugal e pretendi nos primeiros anos, voltar para Portugal, mas eu tenho dado muitas Graças a Deus, pelo privilegio de ter duas filhas que nasceram aqui, de continuar vivendo aqui, quero morrer aqui, e não tenho outro plano. E que Deus abençoe este país porque tem muita coisa favorável aqui. Quando a gente fala, assim, com criticas, nós deixamos de falar das coisas que são muito positivas, em comparação com outros países, inclusive do primeiro mundo. Agora para o Rio Grande do Sul, nossa palavra é uma esperança de que este estado possa ser abençoado, com homens de Deus, que vão pregar e evangelizar de tal modo que não vai demorar para que este estado possa ter muitas igrejas novas e crescentes. Deixara de ser um estado com alto índice de bruxaria, macumbaria, para ser um estado que tem DEUS como seu verdadeiro centro.

Leia a entrevista na íntegra em www.adorar.net

Fonte:
Oziel Alves – Rio Grande Gospel
ozielfalves.blogspot.com
www.adorar.net

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